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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Entre o fazer e o parecer

Muito se diz, pouco se faz. Muito se parece com o real, mas não passa de ilusão. Seja na ótica pessoal ou determinada pela mídia, à mensagem oculta acaba deixando a desejar. O que poucos percebem é que não somos o que vestimos. As roupas são o reflexo do poder aquisitivo de cada um. Estilo sim é algo pessoal e este pode ser identificado por diversas formas como num simples olhar.

Falamos tanto, mas conhecemos tão pouco. Quando vejo alguém tomando partido em determinada conversa e constato que este não tem embasamento algum, no que diz, canso. Não é cansaço físico, nem mental. Canso de ouvir repetidamente falas já ditas por outros. Ninguém pensa?

Não consigo chegar à conclusão alguma. Sei que parece mais fácil falar o que já foi dito, pois isso, já foi aprovado pela sociedade. Então repetir é o que fazemos para parecermos normais? Parecer iguais. Sei que muito das palavras que saem da boca não são aquelas que realmente alguns têm a intenção de dizer. Por vezes sinto que, se a resposta fosse dita pelo cérebro, esta seria totalmente contrária a resposta proferida.

Não há fórmula para não parecer. Parecemos a todo o momento. Quando eu não estou do bom humor, ou quando uma pessoa de quem eu não gosto se aproxima, eu a recebo com um sorriso cordial. Quando não tenho vontade de falar nada, querendo mais é que tudo se dane e alguém vem com questionamentos, ou com um bom papo, simplesmente falo.

A loucura vista na obra Hamlet de Shakespeare é um escape para o ponto de equilíbrio. Através dela é que o príncipe Hamlet encontra paz e a sabedoria para desvendar o mistério da morte de seu pai. Fingindo-se de louco ele consegue calar-se, quando não sente vontade de falar. Hamlet consegue tratar as pessoas com a ironia que às vezes estas merecem, sem ofendê-las, pois estas palavras vêm de um louco.

Afinal quem nunca pensou ser louco? Descobrir que viver submisso aos caprichos de uma sociedade totalmente capitalista e, não conseguir manter-se dentro dessa ficção é a verdadeira loucura. Loucos são os que vivem trancafiados no sistema. Loucos são os que não têm liberdade de expressão e nem permitem essa liberdade ao seu pensamento.

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