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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A menina que virou boneca

Tinha sete anos a adorável e esperta menina que vivia assistindo desenhos animados. A Pantera Cor de Rosa era o seu favorito, mas esse passava muito cedo na programação da tv. Ela então fazia de tudo para acordar cedo e conseguir assistir os desenhos.

A menina dividia o quanto com seu irmão caçula, que tinha dois anos. Acontece que ele não conseguia ficar quieto enquanto ela assisitia aos desenhos e, sua mãe pedia para que ficasse distraíndo o guri.

Cansada de perder seus desenhos por causa do caçula, ela traçou um plano perfeito. Acordaria cedo e, sem fazer barrulho algum, colocaria em seu lugar a boneca que ganhou de sua dinda, que por sinal era muito parecida com ela. Ambas tinham o mesmo comprimento e tom de cabelos. O plano era realmente perfeito.

Preparou-se para dormir e deixou a boneca ao lado da cama. De manhã, acordou pronta para assistir a Pantera Cor de Rosa e, pôs a boneca para dormir. Com todo cuidado ela virou o rosto da boneca em direção a parede, fazendo que seu irmão só enchergasse os cabelos da boneca. Com certeza ele pensaria que a boneca era a menina e voltaria a dormir.

A garotinha foi feliz para a sala assistir seu tão estimado desenho. Estava ela intertida com a tv quando o irmão caçula acordou. Ele disse: "Nana?", "O Nana" e chorando concluíu: "A Nana virou boneca". Quando a menina ouviu seu irmãozinho berrando que ela tinha virado boneca, inesplicávelmente ela se transportou para o corpo da boneca.

Qual é a sua tribo? Qual é a sua música


Achei incrível constatar a grande diversidade cultural que temos quando unimos diversas pessoas em um pequeno ambiente. Sai cada uma. Para minha surpresa estou vivendo em meio a pessoas totalmente "estranhas", que não tem nada a ver comigo e temos um objetivo comum, ganhar dinheiro. Eu nem tanto. Afirmo que participo dessa mistura cultural para me destacar profissionalmente, fazendo o que gosto. Aí está o X da questão. Quantas pessoas estão em lugares que não gostariam de estar, pois alegam não terem tido outras oportunidades?

Trabalho em um ambiente alegre e com um mundo a ser descoberto. Um mundo de oportunidades para escrever, pensar, desenvolver e estou adorando isso. Ainda mais por se tratar de assuntos como gastronomia, design, estilo, casa e cozinha, jardinagem, são assuntos ótimos!

O que me chocou logo que cheguei e continua me surpreendendo é ver pessoas que estão ocupando o espaço de alguém que realmente sentiria prazer em fazer determinado trabalho. Má vontade,falta de coleguismo e acima de tudo, falta de respeito. E como conviver com pessoas assim?

Músicas incompatíveis com o meu gosto, conversas e assuntos que não me dizem respeito estão no ar e são proferidas para todos ouvirem. E agora?

Desafio nada fácil, mas não impossível. Estou testando técnicas para suportar e ainda, tendo não prestar atenção no mundinho hiper cultural que me cerca. Ainda mais quando os gatos saem e os ratos acham que podem fazer a festa.



Agora pensei em jardinagem é, isso mesmo.

O dançarino temperamental

Quem disse para o vento que ele sabe dançar?
Quem fez ele acreditar em suas coreografias.
Hoje dança no céu a passos largos e desengonçados.
Ele não tem direção e nem é delicado, é temperamental.
Tão desastrado que assusta.
Quando atinge alta velocidade quebra, estraga, derruba tudo que está ao seu redor.
Vento que dança balé com olhos fechados e rodopia com desequilíbrio e força.
E, para completar a apresentação, assovia um som delicado e amedrontador.
Avisem o vento que ele não é bailarino, pois ele ensaia demais.
Não deixem ele se convencer disso, pois ele não sabe dançar.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

O carro que andou sozinho

Estava ela atrasada para almoçar. Atravessou a rua, feito louca, com uma mochila na cabeça para proteger-se da chuva e partiu em direção a um carro, entrou dentro dele e, um tempo depois, saiu decepcionada. Foi embora. As pessoas que passavam logo perceberam que o carro estava mais a frente, mas isso não significava nada. Quando ela voltou deu, novamente, uma olhadela no carro, passou a mão no para-choque e voltou para o lugar de onde tinha vindo.

Teria o carro andado sozinho?

Alguém colocou uma pedra na roda dianteira do carro. Quem e porque teria feito isso? Para a pessoa que colocou a pedra, o carro teria mesmo deslizado alguns metros a frente.

Numa tentativa desastrosa, o fiel Bunda Branca, estaria querendo fugir? Não, acho que ele não faria isso, pois era um legítimo cavalheiro com aquela que o dirigia.

O que teria feito o carro ir para frente?

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Vontade de fazer não sei o que

Já sentiu vontade de fazer qualquer coisa menos aquilo que necessita fazer?
Não entendo o por que de termos que fazer coisas que não nos dão prazer, simplesmente pelo dinheiro ou por qualquer outra desculpa.
Sonho com o dia em que seremos realmente livres a ponto de viver pela satisfação de nossos desejos. 

É pedir muito?