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terça-feira, 31 de agosto de 2010

É uma dor

Quando dei por mim percebi que romances como "O Sofrimento do Jovem Wether" de Goethe podem mesmo ser reais. O que parece mera ficção, para muitos não passa de algo comum e doentio que pode acontecer com qualquer ser deprimido esperando encontrar algo ou alguém para dar razão a sua vida. 

Nesse caso o grande amor, quando não corresponde aquele sentimento, vive perturbado e se culpando pela depressão alheia. Por culpa ou, seja lá pelo que for o amante infeliz faz de sua vida o nada. 
Tudo o que tem e o que cultivou durante anos não se valem de nada, quando ela não o olha. Vive-se então por esperar um toque, uma palavra. Algo que comprove que seu amor é correspondido. 

Vejo que esse clássico é uma preocupação e um perfil de pessoas que vivem hoje em meio à sociedade. São pessoas boas que simplesmente amaram loucamente outra pessoa e não foram correspondidas e por essa razão comentem tragédias. Algumas vezes não são contra o seu próprio ser, mas contra a pessoa amada ou contra o companheiro da mesma. Bom mesmo é encontrar alguém para amar loucamente se esse amor for correspondido como no livro Cinco Minutos, de José de Alencar.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Meu Malvado Favorito

Produzido pela estreante Illumination Entertainment, a divertida comédia de animação 3D é de dar dor na barriga de tanto rir. Despicable Me, traduzido como “Meu Malvado Favorito”, encanta crianças de todas as idades. 

Com o personagem Gru , dublado Steve Carell na versão original e Leandro Hassun em português, e três meninas (Edith, Margo e Agnes) que estão na fila de adoção. Gru descontente por perder o posto de maior vilão para Vetor (Jason Segel) tem a magnífica ideia de roubar a lua. Ele conta com o auxílio de criaturas Minion. A partir desse plano, as meninas entram como peças chaves para que Gru consiga roubar de Vetor a máquina encolhedora e assim diminuir o tamanho da lua para que ela possa ser roubada.

A comovente história faz com que o ladrão ranzinza e arrogante descubra, com a ajuda das garotinhas, que ele tem realmente um coração mole. Dobrar esse durão não foi fácil, mas as “gatinhas” vêem nele seu tão sonhado pai.


Entre o fazer e o parecer

Muito se diz, pouco se faz. Muito se parece com o real, mas não passa de ilusão. Seja na ótica pessoal ou determinada pela mídia, à mensagem oculta acaba deixando a desejar. O que poucos percebem é que não somos o que vestimos. As roupas são o reflexo do poder aquisitivo de cada um. Estilo sim é algo pessoal e este pode ser identificado por diversas formas como num simples olhar.

Falamos tanto, mas conhecemos tão pouco. Quando vejo alguém tomando partido em determinada conversa e constato que este não tem embasamento algum, no que diz, canso. Não é cansaço físico, nem mental. Canso de ouvir repetidamente falas já ditas por outros. Ninguém pensa?

Não consigo chegar à conclusão alguma. Sei que parece mais fácil falar o que já foi dito, pois isso, já foi aprovado pela sociedade. Então repetir é o que fazemos para parecermos normais? Parecer iguais. Sei que muito das palavras que saem da boca não são aquelas que realmente alguns têm a intenção de dizer. Por vezes sinto que, se a resposta fosse dita pelo cérebro, esta seria totalmente contrária a resposta proferida.

Não há fórmula para não parecer. Parecemos a todo o momento. Quando eu não estou do bom humor, ou quando uma pessoa de quem eu não gosto se aproxima, eu a recebo com um sorriso cordial. Quando não tenho vontade de falar nada, querendo mais é que tudo se dane e alguém vem com questionamentos, ou com um bom papo, simplesmente falo.

A loucura vista na obra Hamlet de Shakespeare é um escape para o ponto de equilíbrio. Através dela é que o príncipe Hamlet encontra paz e a sabedoria para desvendar o mistério da morte de seu pai. Fingindo-se de louco ele consegue calar-se, quando não sente vontade de falar. Hamlet consegue tratar as pessoas com a ironia que às vezes estas merecem, sem ofendê-las, pois estas palavras vêm de um louco.

Afinal quem nunca pensou ser louco? Descobrir que viver submisso aos caprichos de uma sociedade totalmente capitalista e, não conseguir manter-se dentro dessa ficção é a verdadeira loucura. Loucos são os que vivem trancafiados no sistema. Loucos são os que não têm liberdade de expressão e nem permitem essa liberdade ao seu pensamento.